Renault 4 E-Tech, o elétrico que revive o clássico R4

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Renault 4 E-Tech terá bateria de 52kWh, autonomia de 400km e carregamento rápido para tentar desbancar os chineses

A Renault mostrou seu novo elétrico, o Renault 4 E-Tech, durante o último Salão de Paris, em outubro. O debutante faz tributo ao saudoso R4, um clássico francês. Mas seu porte é bem mais avantajado.

O novo R4 é feito sobre a plataforma CMF-B EV, a mesma do Renault 4-ever e do 5 E-Tech, e tem como medidas 4,16 metros de comprimento, 1,95 metro de largura e 1,90 de altura. Como comparação, é o mesmo comprimento de um Toyota RAV-4.

No Brasil, a releitura do ancestral terá pretensões ambiciosas como a de desbancar o BYD Dolphin GS (R$149.800), que segue em queda nas vendas desde a metade do ano. Tudo vai depender do preço dessa estreia do francófono.

E se o lema do saudoso compacto era “ser um veículo para ser usado no dia a dia e em viagens da família”, o slogan do atual é, segundo a montadora “um carro 100% elétrico para viver conectado e pronto para ir a qualquer lugar, a qualquer hora”.

Renault 4 E-Tech

Motor, bateria e alcance
O hatch 100% elétrico será oferecido em duas versões. Uma equipada com motor de 120cv, e outra com propulsor de 150cv. Além de baterias de 40 kWh ou 52 kWh.

O R4 terá autonomia de 400 quilômetros quando montado com a bateria mais forte. E alcance de 300 quilômetros quando o menor pacote for instalado.

Porta lateral para carregamento do Renault 4 E-Tech

O tempo de recarga em corrente contínua (DC), usando o carregador rápido de 100kW, será de meia hora para ir dos 15% aos 80%. E o veículo ainda pode se transformar em um fornecedor de carga para alimentar gadgets periféricos, e até retornar energia para a rede pelo carregador bidirecional.

Itens
A resposta francesa à invasão automotiva chinesa terá acionamento por pedal único, frenagem regenerativa e sistema ADAS de segurança que inclui frenagem autônoma de emergência, assistente de permanência de faixa, controle de cruzeiro adaptativo, monitor de atenção ao motorista e aviso de saída de porta.

Lateral do Renault 4 E-Tech

Visual
Na dianteira, há uma avantajada grade escurecida com símbolo da marca ao centro que é iluminada nas extremidades. O elemento acomoda os faróis esféricos de LED. E uma enorme tomada de ar que confere um ar de off-road.

Na traseira, as imagens do elétrico revelam que o toque inovador se dá com a presença de lanternas de LED retangulares serrilhadas em três segmentos. Há, também, um aerofólio saindo do teto, acima da janela.

Completam o visual renovado do R4 o teto solar retrátil feito de lona, rack de teto (provável na versão topo) e entrada para carregador sobre a roda dianteira esquerda, e próximo da coluna A. Na Europa, o carro foi apresentado com rodas de liga leve de 18” com raios em forma de Y e pneus Michelin e-Primacy 195/60 R18.

Para a carroceria, além das sete cores disponíveis que incluem o vermelho e o azul, a montadora oferece também até 670 combinações possíveis, já que o interior pode ser customizado a gosto do freguês.

Interior do Renault 4 E-Tech

Interior
Por dentro, além dos detalhes estéticos, há porta-objetos práticos, banco traseiro rebatível e possibilidade de transformar o assento do passageiro em uma mesa. O porta-malas de 420 litros tem assoalho baixo para facilitar o acesso, com tampa que abre ao passar o pé por debaixo do chassi.

Renault 4 E-Tech

O original, e saudoso, Renault 4
Renault 4 original foi fabricado entre 1961 e 1994 e é considerado até hoje o carro mais importante da marca francesa. O saudoso R4 também foi o primeiro hatchback produzido em massa no mundo, e o primeiro carro familiar com tração dianteira da fabricante.

Seus criadores tinham a missão de construir um carro mais bonito do que seu antecessor, o 4CV, e acabaram entregando muito mais do que isso. O simpático compacto conquistou corações francófonos não apenas pelo visual, mas por ser acessível, prático e simples.

O carro feito para uso diário e para viagens trouxe recursos inovadores como bagageiro com tampa traseira, novidade até então. Tornou-se um sucesso de vendas com mais de oito milhões de exemplares vendidos mundo afora. E tornou-se um clássico nos anos 1970 entre os jovens.

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